A Restauração da monarquia portuguesa assumida, em 1640, pela Casa de Bragança, pretendeu restabelecer a linha de fronteira definida desde o Tratado de Alcanizes, e foi apoiada pelos países aliados como a França, Holanda e Inglaterra que se envolveram nas guerras contra a monarquia filipina e os Habsburgos a partir da Guerra dos Trinta Anos. Esse reconhecimento de Portugal como Nação também se deve ao papel da diplomacia portuguesa nos acordos estabelecidos em diversos tratados europeus. No meio artístico, essa afirmação de legitimidade da nova dinastia teve expressão como meio de propaganda ao invocar a História de Portugal, através da literatura e da arte como as imagens que transmitiam um inflamado discurso.
A reafirmação territorial levou à necessidade de uma política de defesa agregada à Fortificação Moderna, e foi criado um novo Conselho da Guerra, que ficaria incumbido da reorganização do exército, assim como da nomeação engenheiros militares, encarregados de projetar as obras de fortificação necessárias para defesa do reino.
No contexto da Restauração portuguesa se integra a questão do imaculismo, representado pela nomeação da Nossa Senhora da Conceição como Padroeira do Reino de Portugal e Além-Mar nas cortes celebradas em 1646.
Esta temática encontra-se na base da realização do congresso “Portugal Restaurado. 360 Anos da Batalha de Montes Claros”, que comemora a Batalha dos Montes Claros (17 de junho de 1665) comandada pelo Marquês de Marialva, que teve como consequência a reconquista de Vila Viçosa. Este congresso é organizado pelo CECHAP – Centro de Estudos de Cultura, História, Artes e Património, e pelo ARTIS-IHA da FLUL, com a colaboração de outras instituições científicas e culturais, assim como a participação de especialistas e académicos, e que irá decorrer em Vila Viçosa, entre os dias 12 a 14 de junho de 2025.

Para mais informações sobre o programa e o congresso: https://portugalrestauradocongresso.weebly.com/